Deuses que foram adorados no passado
Amon era um deus da mitologia egípcia. Seu nome significa “o oculto”, e era a personificação dos ventos. Durante o Antigo e o Médio Império Egípcio, Amon existiu como uma divindade local e pouco importante, sendo adorado em Tebas. Com o despontar do Novo Império, Amon mudou seu status, passando a ser o deus do Império, propiciador da vitória nas batalhas e pai de todos os demais deuses do panteão. Para legitimar essa mudança, Amon foi relacionado a Rá, o mais antigo deus, que era adorado como o criador da vida e pai de todos os deuses. Sob o nome de Amon-Rá, passou a ser reverenciado sob aspectos criadores e solares.
Zeus, filho de Cronos e de Reia, era o chefe supremo do panteão grego. Associado ao trovão e ao raio, seu nome significa resplandecente, brilhante. O seu principal centro de culto era em Olímpia (Monte Olimpo) e foi adorado por mais de 2.000 anos.
Baal era o nome do principal deus dos fenícios e dos cartagineses, além de ser uma deidade maior entre outros povos da Palestina. Ele é referência a vários deuses da região do Levante (região que se estende do Oriente Médio ao sul dos Montes Tauro, limitada a oeste pelo Mediterrâneo e a leste pelo Deserto da Arábia setentrional e pela Mesopotâmia) como, por exemplo, Moloque, um deus ao qual os amonitas, uma etnia de Canaã – povos presentes na península arábica e na região do Oriente Médio – cultuavam.
Nas línguas semíticas do noroeste, ugarítico, fenício, hebraico, amorreu e aramaico, a palavra baʿal significava “senhor”, “mestre” ou “marido”.
Os israelitas o adoravam como Baal-Peor, até o tempo de Samuel. Ele era o deus oficial das dez tribos na época de Acabe, sendo adorado também em Judá. Seu culto só terminou, conforme a Bíblia, com os rigores do cativeiro na Babilônia.
Mitra era o deus da sabedoria, dos contratos e da guerra na mitologia indo-ariana da Índia, Pérsia e Anatólia.
Na mitologia persa representava a luz, o bem e o mundo espiritual distinto da matéria. Era filho do deus persa do bem, Aúra-Masda, e lutava contra os inimigos deste com suas armas e com o seu javali, Verethraghna.
Sua primeira menção é de aproximadamente 3.400 anos atrás, sendo descrito como companheiro de Varuna, o deus do equilíbrio e da ordem do cosmo. Por volta do século V a.C., passou a integrar o panteão do zoroastrismo persa, como senhor dos elementos, e depois sob a forma definitiva do deus solar.
O culto a Mitra chegou à Europa através desses povos helenizados, ganhando, na Grécia Antiga, analogia à deusa Hemera, pouco antes do nascimento de Alexandre Magno (350 a.C.). Após a vitória de Alexandre, O Grande, sobre os persas, o culto a Mitra se propagou por todo o mundo helenístico.
Mitra, assim como os demais deuses persas, não tinha imagens, templos ou altares, porque, diferentemente dos gregos, os persas acreditavam que os deuses tinham uma natureza diferente da dos homens.
Nos séculos III e IV da era cristã, as religiões romanas, identificando-se com o caráter viril e luminoso do deus, incorporaram elementos do culto a Mitra no mitraísmo.
A partir do século II, o culto a Mitra era dos mais importantes no Império Romano e numerosos santuários, chamados mitreus, foram construídos.
A religião mitraica tinha raízes no dualismo zoroástrico (oposição entre o bem e o mal, espírito e matéria). Nos cultos helenísticos, Mitra passou a ser “um deus do bem”, criador da luz e em luta constante contra a divindade obscura do mal.
Apolo era uma das divindades principais da mitologia greco-romana, um dos deuses do Olimpo. Filho de Zeus e Leto, e irmão gêmeo de Ártemis, possuía muitos atributos e funções e, possivelmente depois de Zeus, era o deus mais influente e venerado entre todos os da Antiguidade clássica. As origens de seu mito não são definidas, mas no tempo de Homero já era de grande importância, sendo um dos mais citados na Ilíada. Era o deus da beleza, da perfeição, da harmonia, do equilíbrio e da razão, o iniciador dos jovens no mundo dos adultos e estava ligado à natureza, às ervas e aos rebanhos, sendo protetor dos pastores, marinheiros e arqueiros.
Apolo sobreviveu veladamente ao longo do florescimento do cristianismo primitivo.
Na mitologia escandinava, o deus-chefe era Odin, o Wotan dos alemães. Ele era representado com muitos dos atributos do deus grego Zeus. Habitou com os doze Aesir, ou deuses, sobre Asgard, o Olimpo nórdico, que provavelmente era Atlantis.
Era filho de Borr e de Bestla, irmão de Vili e Vé, esposo de Frigg, e pai de vários dos deuses asses (os deuses relevantes), como Thor, Balder, Vidar e Vali. Era o deus da sabedoria, da guerra e da morte, embora também, em menor escala, da magia, da poesia, da profecia, da vitória e da caça.