Os Livros Sagrados do Hinduísmo

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A literatura sagrada hindu é dividida em obras reveladas (shruti) e obras lembradas (smriti). As reveladas compreendem os quatro Vedas (Rig-, Yajur-, Sãma- e Atharva-Veda) e seus respectivos textos rituais (Brãhmanas, Ãranyakas, os textos rituais para os ascetas que moravam nas florestas, e Upanishads, a doutrina secreta), textos sagrados gnósticos para o jnãna-yoga. A literatura sânscrita dos primeiros tempos era transmitida oralmente e fielmente memorizada pela audição.

Os Vedas são as mais velhas escrituras do hinduísmo. Todas as outras escrituras estão subordinadas aos Vedas, que não foram escritos, mas revelados pelos sábios (rishis), daí o fato de serem também chamados shruti (aquilo que foi ouvido). A parte mais antiga dos Vedas pode ter sido compilada aproximadamente em 2000 a.C.

  • Samhita: contém coleções de hinos dedicados às várias deidades. A maioria deles possui um profundo significado místico.
  • Brahmana: trata dos mais variados rituais e dos princípios morais.
  • Aranyaka: contém várias meditações, sendo algumas delas recriações mentais dos rituais exteriores.
  • Upanishads: congrega os registros das experiências transcendentais vividas pelos sábios conforme diferentes técnicas contemplativas. Essas experiências, na verdade, são revelações sobre o atmãn, Brahma e outras verdades eternas e universais.

O Rãmãyana é outra obra, com teor mais poético. Grande parte do livro Rãmãyana trata da expedição que Rãma empreendeu para resgatar sua esposa Sitã, que era mantida prisioneira por Rãvana em Lankã.

O Gitã é o texto religioso mais ilustre do hinduísmo. Tornou-se comum a partir do século XIX, com a publicação de traduções populares em línguas como o híndi e o bengali. A primeira tradução para uma língua ocidental, o inglês, foi publicada em 1785, por Charles Wilkins.

Bhagavad significa bendito e se refere à pessoa divina (Krshna). É aquele que possui (ou distribui, concede). Gitã significa aquilo que é cantado. O Bhagavad-gitã é um tratado sobre a lei e a moral e sobre a libertação e demonstra de que modo a moral é essencial para a vida espiritual. No livro, o deus-homem Krshna convence seu discípulo Arjuna a engajar-se na guerra dos Bharatas.

O Bhagavat-Gitã tenta conciliar princípios ou práticas diversas ou opostas, quando o homem se confronta com muitas ramificações culturais ou filosóficas. O Gitã representa uma tentativa de integração entre a ontologia (o estudo das propriedades mais gerais do ser) e a ética do Sãmkhya e do Yoga, a metafísica do pãncarãtra, o devocionismo da tradição de Krshna-Vãsudeva (baghavatismo) e o panteísmo não dual (“tudo está em Deus” não é o mesmo que “tudo é Deus”) encontrado no Upanishads (textos que fazem parte das escrituras hindus). O “tudo está em Deus” vê o mundo e a natureza como idênticos a Deus, enquanto “tudo é Deus” entende o mundo como uma parte da incompreensível vastidão da divindade (realidade Suprema).

O filósofo Eliot Deutsch (1931, professor na Universidade do Havaí) entende que o Gitã não é “nem um tratado filosófico sistemático nem um mero poema, mas representa uma tentativa de integrar valores e ideais religiosos e filosóficos diversos. Em certos momentos, o texto do Gitã é uniforme e coerente, em outros, reúne diversas opiniões sem sequer fazer uma tentativa de integrá-las.” O professor e político indiano Arvind Sharma (1940) afirma haver uma contradição teológica, quando há diferentes respostas em diferentes partes do Gitã: 1­­ – A divindade é pessoal ou impessoal? 2 – A divindade é ativa ou passiva? 3 – A divindade é imanente ou transcendente? 4 – A divindade quer bem aos seres humanos ou os castiga, ou ainda, é indiferente a eles? A resposta à impessoalidade é de que é ambas (a divindade é tanto pessoal como impessoal); é ao mesmo tempo ativa e passiva, imanente e transcendente, indiferente (no nível mais elevado) e ligada à humanidade (sobretudo na forma das encarnações divinas ou avatãras). Também há uma pergunta sobre se o mundo é real ou irreal. Para Rãmãnuja (teólogo e filósofo brâmane do sul da Índia, o pensador mais influente do hinduísmo devocional, 1017-1137), o mundo não era mera ilusão, mas o corpo da divindade.

O Bhagavad-Gitã foi composto há mais de 2000 anos e é um episódio do Mahãbhãrata (A Grande Epopeia da Guerra dos Descendentes de Bharata). O conteúdo do Mahãbhãrata se distribui por 18 livros:

1 – Ãdi-parvan (Livro do Início) – retrata a infância e o caráter dos irmãos Dhrritarãshtra (Governo Firme) e Pãndu (Pálido). Dhritarãshtra é um rei cego que tem uma filha e cem filhos, os príncipes dos Kurus que se caracterizam pelos maus traços de caráter. Pãndu tem cinco filhos, os Pãndavas, do qual Arjuna é um deles, que se destacam por suas excelências morais. Com a morte prematura de Pãndu, seus cinco filhos ficam sob os cuidados de Dhritarãshtra. A mesquinharia, os ciúmes e as intrigas entre os filhos do rei e seus sobrinhos lançam os fundamentos da guerra.

2 – Sabhã-parvan (Livro da Assembleia) – uma descrição de um dos acontecimentos centrais, a tumultuosa assembleia realizada na cidade de Hastinãpura, capital do país dos Kurus, onde o filho mais velho dos Pãndavas perde o seu reino num jogo de dados em razão de um ato de trapaça dos Kauravas, em conluio com Shakuni, seu tio materno. O irmão mais velho perde os outros quatro irmãos, e então aposta a rainha Draupadi, esposa comum dos cinco irmãos. Ela resiste (defende sua honra) e os seis são enviados para o exílio por um período de treze anos. Se no décimo terceiro ano fossem descobertos, teriam de permanecer no exílio por mais doze anos.

3 – Vana-parvan (Livro da Floresta) – descreve a vida dos filhos de Pãndu exilados na floresta.

4 – Virãta-parvan (Livro de Viratã) – discorre sobre o décimo terceiro ano de exílio que os cinco irmãos são obrigados a passar incógnitos, a serviço do rei Virãta. Arjuna casa-se com a filha de Virãta, Uttarã, e tem um filho, o futuro imperador Parikshit.

5 – Udyoga-parvan (Livro do Empenho) – narra os preparativos para a guerra entre os Pãndavas e os Kauravas.

6 – Bhishma-parvan (Livro do Empenho) – traz um relato dos primeiros embates no campo de batalha, e o Bhagavat-gitã, que resume a filosofia do Mahãbhãrata.

7 – Drona-parvan (Livro de Drona) – Drona sucede Bhrisma, comandante dos Kurus, que foi ferido no décimo dia de combate, adia sua morte em razão de uma dádiva que havia recebido dos deuses. Drona é morto de imediato.

8 – Karna-parvan (Livro de Karna) – Karna, o terceiro líder militar dos Kurus, é morto por Arjuna.

9 – Shalya-parvan – a guerra continua. O quarto comandante dos Kurus, Shalya, e o príncipe Duryodhana morrem.

10 – Sauptika-parvan (Livro do Ataque Noturno) – os sobreviventes dos KurusKripa, Kritavarman e Ashvatthãman – atacam o acampamento dos Pãndavas à noite e massacram o exército inteiro. Kripa não concorda com o ato, considerando-o contrário às leis do combate, mas Ashvatthãman anula a objeção. Somente os cinco irmãos escapam. Ashvatthãman quer tornar estéreis as mulheres dos Pãndavas e é condenado a vagar infeliz pela Terra durante três mil anos.

11 – Stri-parvan (Livro das Mulheres) – descreve a reconciliação entre o cego Dhritarãshtra, rei dos Kurus, e os príncipes Pãndavas.

12 – Shanti-parvan (Livro da Paz) – O príncipe Yudhishthira é coroado. O comandante Brishma, dos Kurus, que adiou a própria morte embora estivesse mortalmente ferido, faz uma descrição da via que leva à libertação (moksha).

13 – Anushãsana-parvan (Livro da Instrução) – Continua o discurso de Brishma sobre a lei, a moral e o valor das práticas ascéticas. Por fim, com a permissão de Krshna, o guerreiro expira.

14 – Ashvamedha-parvan (Livro do Sacrifício do Cavalo) – o rei Yudhishthira organiza uma cerimônia do sacrifício do cavalo para consolidar seu reino e abençoar o país dos Bharatas. Arjuna segue e protege o cavalo durante um ano.

15 – Ãshramavasika-parvan (Livro da Vida no Eremitério) – o velho rei Dhritarãshtra e Gãndhari, sua esposa e rainha, que habitam na corte de Yudhishthira, na cidade de Hastinãpura, se retiram para um eremitério na floresta e três anos depois morrem num incêndio.

16 – Mausala-parvan (Livro da Discórdia) – relata a morte acidental de Krshna e sua ascenção ao Céu. No funeral de Krshna, Vyãsa comunica aos Pãndavas que também chegou a hora de eles deixarem a Terra.

17 – Mahãprasthânika-parvan (Livro da Grande Partida) – chocados com a morte de Krshna, os cinco filhos de Pãndu renunciam ao reino e adotam vida simples e ascética na floresta. Ao escalar o Monte Meru (o eixo do mundo), os cinco caem mortos um após o outro.

18 – Svargãrohanika-parvan (Livro da Ascensão ao Céu) – os cinco irmãos se revelam como seres divinos e voltam para o Céu. Aí, extinta toda inimizade, confraternizam-se com os heróis dos Kurusavas.

A guerra dos Bharatas foi provavelmente um acontecimento histórico entre 3102 e 900 a.C., e durou dezoito dias.

Vyãsa Dvaipãyana foi quem compilou o Bhagavat-Gitã. A narrativa é um diálogo, em um campo de batalha, o campo dos Kurus ou país dos Kauravas, entre Krshna e o príncipe Arjuna, seu discípulo. A compilação original compreendia 24 mil versículos e levou supostamente dois anos e meio para ser composta. A epopeia foi ditada para o deus Ganesha, de cabeça de elefante.

O diálogo foi testemunhado por Samjaya, ministro do rei Dhritarãshtra. O sábio Vyãsa havia conferido ao ministro poderes paranormais para que fosse capaz de relatar a batalha. Dessa forma, ele conseguiu captar o diálogo particular entre Krshna e Arjuna.

A essência do ensinamento de Krshna prega que, quando o bem-estar moral e espiritual de um povo está ameaçado, a guerra é admissível. A própria vida é um campo de batalha, no sentido simbólico (a epopeia da alma, da mentalidade religiosa e ética, dos ideais sociais e políticos, da cultura e da vida da Índia).

O rei Dhritarãshtra teria sido impedido de ascender ao trono por ser cego. O seu meio-irmão, Pãndu, havia morrido, e o outro seu meio irmão, o sábio Vidura, fora desqualificado porque sua mãe pertencia à classe de castas servil – (as castas superiores da hierarquia de classes da Índia são os brãhmanas – elite sacerdotal – , os kshatriyas – classe militar –, e os vaishyas – a comerciantes, artesãos e camponeses). Os hindus consideram que todos os membros dessas castas nascem uma segunda vez por meio do processo formal de investidura com o cordão sagrado. A casta dos shüdras – servos – não tem esse privilégio). Coube ao rei cego assumir até que Yudhishthira, o filho mais velho de Pãndu, tivesse idade para governar. Quando esse momento chegou, o então rei Dhritarãshtra e seus filhos mudaram de ideia e, num jogo de dados viciados, fizeram com que os cinco príncipes Pãndavas não somente perdessem o reino que lhes cabia por direito como também fossem exilados por treze anos. O rei Drupada, governante do reino dos Pãncãlas, e Krshna acolheram os irmãos no exílio e os mantiveram incógnitos.

Os cinco irmãos Pãndavas eram casados com a mesma mulher, Draupadi. Arjuna casou-se depois com a princesa Uttarã, filha do rei da tribo dos Pãncãlas, Drupada, quando, de todos os pretendentes, somente ele havia conseguido encordoar um arco e atirar cinco flechas seguidas num alvo longínquo. O rei Draupadi acolheu Arjuna e seus irmãos nos anos de exílio. Nesse evento foi que os irmãos conheceram Krshna, chefe da tribo Vrishni.

Segundo a doutrina, somente a libertação espiritual (moksha) pode fazer o homem escapar do mundo finito da mudança, o samsãra, governado pela invisível e imparcial lei cármica, de ação e reação.

Krshna é considerado uma encarnação humana da divindade Vishnu. Vãsudeva foi pai e Devaki, mãe de Krshna, que foi governante da tribo Vrihsni, rei da dinastia Yadu, do deus Indra, na cidade de Dvãrakã. Ghora Angirasa foi mestre de Krshna, pertencia ao clã dos Bhãrgas, que foi fundado pelo vidente Bhrigu, filho de Brahma.

Os videntes, certa vez, se perguntaram quem seria a Divindade Suprema na trindade: Brahma – Vishnu – Shiva. O vidente Bhrigu foi encarregado de descobrir. Ele foi até Brahma, que estava sentado em assembleia. O vidente sentou-se, desrespeitosamente, e Brahma ficou enfurecido. Bhrigu saiu e dirigiu-se a Shiva, que quis recebê-lo com um abraço, mas o vidente deu um passo para trás. Shiva ia matá-lo quando Pãrvati, sua divina esposa, intercedeu em favor de Bhrigu. Quando Vishnu estava dormindo, Bhrigu deu um pontapé no peito da divindade, que acordou e lhe pediu perdão e tocou o pé do vidente. Ele e os outros grandes videntes dessa época concluíram, a partir do comportamento de Vishnu, que ele era a Divindade Suprema. Krshna declara, no Gitã, ser Bhrigu (10.25).

 

Os principais personagens do Gitã:

Krshna foi morto inadvertidamente por uma flecha atirada por um asura chamado Jara. Arjuna enterrou seu mestre. Depois de abandonar o corpo mortal, Krshna assumiu novamente a forma imortal de Vishnu.

Arjuna é o segundo personagem mais importante. Ele e seus irmãos foram criados na corte de Hastinãpura junto de seus primeiros Kauravas. Depois da guerra, Arjuna e seus irmãos retornam para Hastinãpura, cidade do reino pãndava, para assumir o governo, sob a liderança formal de Yudhishthira (irmão mais velho de Arjuna). Este foi morto por seu filho Babhruvãhana, que cumpriu assim uma maldição lançada contra o príncipe pelos oito Vasus (divindades dos elementos) e por Gangã, deusa do rio Ganges. Foi ressuscitado por sua esposa Ulupikã, a princesa dos Nãgas. Com a morte de Krshna, Arjuna sentiu imensa tristeza e partiu para uma longa peregrinação ao Himalaia, onde morreu e ascendeu ao Céu.

O mais velho dos cinco Pãndavas, Yudhishthira, e filho do deus Dharma representa, no Gitã, a legalidade, a justiça, a veracidade e a integridade.

Bhimasena, também irmão de Arjuna, era famoso por sua força e feria, na infância e juventude, seus primos Kauravas durante as brincadeiras. Os Kauravas, ressentidos, envenenaram-no e o jogaram no Ganges. Enquanto afundava, um Nãga (serpente) o picou. Ele tinha um antídoto para o veneno dado pelos primos. Bhimasena voltou ao mundo no nono dia.

Dhritarãshtra, o rei, irmão cego de Pãndu, era filho do sábio Vyãsa com Ambikã. Nasceu cego porque sua mãe manteve os olhos fechados quando foi amada por Vyãsa, que tinha aparência medonha. Teve cem filhos e uma filha com Gãndhari, filha do rei Gãndhara. O governante era sempre vencido pela astúcia do seu filho mais velho, Duryodhana. No Gitã, Dhritarãshtra só tem voz no primeiro versículo, em que pede a seu ministro Samjaya que lhe narre os acontecimentos da batalha, já que não podia vê-los. No fim da guerra, acolheu os Pãndavas. Ao lado de Gãndhari e Kuntí (mãe dos Pãndavas), retirou-se para a floresta e depois os três morreram num incêndio florestal.

Duryodhana foi o primeiro e o pior filho do rei Dhritarãshtra, é o vilão do livro Mahãbhãrata. Constantemente atentava contra os primos Pãndavas e foi o responsável pelo desencadeamento da guerra.

O primeiro comandante dos Kauravas, Brishma, foi ferido fatalmente na guerra e usou os poderes yogues, concedidos pelo seu pai, para adiar por cinquenta e oito dias a sua morte. Para garantir a vitória dos Pãndavas, Brishma ensinou a Yudhishthira o que fazer para combater com sucesso contra ele próprio. Brishna não tem nenhuma fala no Gitã, porém é mencionado várias vezes.

Samjaya foi ministro do rei Dhritarãshtra, participou do Gitã como narrador. O sábio Vyãsa havia concedido ao ministro um poder de visão divina para que ele pudesse relatar a Dhritarãshtra em detalhes tudo o que acontecesse no campo de batalha.

O conceito de avatãra, encarnação divina, refere-se às encarnações de Vishnu, a divindade, ao lado de Brahma e Shiva, na trindade de Criação-Preservação-Destruição. Segundo os textos Purãnas e a teologia vaishnava, são reconhecidos dez avatãras principais de Vishnu, onde a divindade amolda os seus ideais. As encarnações ocorrem quando o mundo é ameaçado de extinção, às vezes associada a um dilúvio, ou para matar demônios. A única encarnação perfeita de Vishnu seria Krshna, o divino mestre de Arjuna.

Atribui-se a Vyãsa Dvaipãyana a compilação dos atuais setecentos versículos do Gitã. A palavra Vyãsa não é um nome próprio, significa editor, alguém que organizava o conhecimento existente num todo coeso. Entretanto, acredita-se que outros desses vyãsas contribuíram para a formação do texto sânscrito. Ganesha, o deus de cabeça de elefante, foi o escriba capaz de acompanhar o ditado ininterrupto do sábio Dvaipãyana, que prosseguiu ao longo de três anos.

Segundo o Mahãbhãrata (1.1), Vyãsa compôs a versão de vinte e quatro mil versículos e depois resumiu para outra com cento e cinquenta versículos. Depois disso, produziu outra versão com seis milhões de versículos, mas somente cem mil são conhecidos pelo homem, enquanto o restante foi somente ouvido. Apenas vinte mil versículos tratam da guerra e dos acontecimentos a ela ligados. Uma parte restante está relacionada à educação de Yudhishthira, que representa o rei ideal. Outras partes contam as histórias de sábios, divindades e demônios e proporcionam ensinamentos sobre moral, ascese, renúncia, entre outros temas.

 

Trechos do Bhãgavata-Gitã:

 

2.24 – Este Si Mesmo é incortável; é inesquecível, imudecível, insecável.

             Esta realidade perene é eterna, onipresente, estável, imóvel.

2.25 – Este Si Mesmo é chamado não manifesto (avyakta), impensável,

            imutável. Logo conhecendo este Si Mesmo como tal, não deves lamentar!

2.26 – Além disso, mesmo que consideres que este Si Mesmo eternamente

            nasce e eternamente morre com o corpo, não deves lamentar por ele,

            ó, Arjuna dos braços fortes.

2.27 – Pois certa é a morte de tudo-quanto-nasce e certo é o nascimento

            de tudo-quanto-morre. Portanto, no que se refere a este assunto

            inevitável, não deves lamentar!