Teosofia

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O gnosticismo teve início há 131 anos, com a publicação do livro A Doutrina Secreta, da fundadora da doutrina, Helena Petrovna Blavatsky.

A doutrina prega a ideia da Unidade de toda a existência. Na sua cosmogênese, adota-se o conceito de Espaço-Uno – o Espaço é o que sempre é (o Eterno) – Anupadakâ –, e que não tem pais; o que sempre foi (o germe da raiz); e o que sem cessar, vai e vem (o Movimento). Esses três compõem o Uno, que também é o Espaço Absoluto.

Na Unidade de toda a existência há uma realidade absoluta, anterior a tudo que é manifestado; a causa infinita e eterna, que é a raiz de tudo o que foi, é e será; e o pensamento que impregna a matéria, que é coeterna à realidade.

O Tudo contém e é onde tudo está contido.

A Única é tudo o que vive e que respira (é mental) e é produto das emanações do Uno Imutável – Parabrahman (é uma expressão usada pela teosofia para designar o Princípio Uno, a essência de tudo o que forma o cosmo) –, que se reflete em Mulaprakriti, a raiz Una Eterna.

Nas Estâncias de Dzyon (pergaminhos antigos de origem tibetana, que formaram a base para A Doutrina Secreta, de Helena Blavatsky, uma das obras fundamentais do movimento teosófico), há uma Realidade Absoluta, anterior a tudo o que foi e é manifestado; essa causa é infinita e eterna. Ela fala de um tempo em que ainda não existia uma consciência manifestada, de um tempo em Pralaya (segundo a teosofia, é o período do ciclo de existência dos planetas em que não ocorre atividade). Ele dura, segundo o computo dos Brâmanes, 4.320.000.000 de anos. O período de atividade, chamado Manvantara, tem a mesma duração).

Outra ideia é a de que não existe matéria morta. Tudo é movimento; o mais ínfimo átomo tem vida; suas partículas estão animadas por um movimento vibratório incessante, eterno e rápido.

As coisas infinitamente pequenas, bem como as coisas grandes, estão em movimento. Não há nada em repouso.

Na compreensão do Absoluto como Movimento Abstrato Absoluto, o Movimento é um dos aspectos do Espaço Abstrato, e o Absoluto está envolto na Duração, que é o terceiro aspecto (a ideia de eternidade). O Espaço é o Uno Invisível ou a incognoscível Deidade.

As coisas podem cessar de existir, mas não cessam de ser.

O homem é o microcosmo, portanto, todas as hierarquias dos céus existem nele.

Logo, são três ideias básicas: a da Unidade, a da matéria (de que não existe matéria morta) e a do homem, o microcosmo.

A mente Divina é eterna em potenciação e periódica, em potência, e se converte em Alma Universal.

Ah-Hi são os veículos para a manifestação da Mente Universal, que reflete e emana neles. A mente cósmica é a que emana dos Ah-Hi, com o cosmo manifestado, e ela é a manifestação periódica, em tempo e em ato, da Eterna mente Universal, em potência.

O Método de Analogia e Correspondência é que todo o cosmos é dirigido, controlado e animado por diversas hierarquias de seres sencientes, tendo cada um uma missão a cumprir. São os agentes das leis cármicas e cósmicas (são os guardiães, não os criadores); na Estância VII, e em Cosmogênese, essas hierarquias surgem e trabalham na harmonia do cosmos e dos homens; os Grandes Instrutores Reais orientam a atual humanidade.

O homem é o microcosmo e dentro dele existem todas as hierarquias do cosmo. Nós somos produtores de ciclicidade da Lei Universal, quando ela se manifesta.

Saber da existência de Irmãos Maiores é um estímulo evolutivo.

Quanto aos Elos Fortes, necessitamos dessa corrente hierárquica de Grandes Seres Divinos para avançarmos e superarmos as tormentas do Ciclo de Necessidade e de Evolução.

A missão é irmos ao Pai-Mãe (ao Uno).

Ensinamentos dos arcanos é que permitem a passagem por ciclos que trarão renovação a quem vai desenvolver outros sentidos superiores. Estamos vivendo um período de transição entre ciclos, de que decorrem obscuridades.

Os Sete Princípios Herméticos do Universo são mentalismo, correspondência, vibração, polaridade, ritmo, causa e efeito e gênero.

O metalismo refere-se à mente universal; a correspondência, às correlações entre as leis; a vibração, ao movimento eterno; a polaridade, à manipulação da dualidade; o ritmo, à sequência cíclica da existência; a causa e efeito, à lei cármica; e o gênero, à diferenciação do homem.

As três proposições da Doutrina Secreta são a ideia do Espaço Abstrato Absoluto e do Movimento Abstrato Absoluto, a Realidade Una (o Absoluto é o campo da Consciência Absoluta), e a ideia da ciclicidade, ou seja, a eternidade do Universo em eterno movimento, como plano sem limites, e que periodicamente se manifesta (Lei da Periodicidade).

Somos seres espirituais em jornada humana.

O Axioma Hermético – as verdades universalmente válidas – Leis ou Princípios:

“Como o interno, assim é o externo; como o grande, assim é o pequeno; como o acima, assim é abaixo. Só existe uma vida e uma lei, e o que atua é o Único. Nada é interno, nada é externo, nada é grande, nada é pequeno, nada é alto, nada é baixo na Economia Divina.”

As Três Proposições (Proêmio):

1-A ideia do Espaço Abstrato Absoluto e do Movimento Abstrato Absoluto. A Realidade de Una – o Absoluto é o campo da Consciência Absoluta.

2-A Eternidade do Universo, em movimento, como plano sem limites que periodicamente se manifesta. Todas as almas coexistem com a Alma Suprema Universal.

3-A peregrinação obrigatória de todas as almas – Ciclo de Encarnação (ou de Necessidade), de acordo com a Lei Cármica (ideia da evolução). É esvaziar-se, abstrair e recomeçar novamente.

Os métodos de estudo dessas ideias são, por analogia e correspondência, são os vários axiomas que compõem o sistema teosófico. A analogia se dá pela relação de semelhança estabelecida entre duas ou mais entidades distintas e que englobam comparações, metáforas, alegorias e parábolas. A proporção é a relação de igualdade entre duas ou mais razões provenientes das medidas extraídas de grandezas (o homem e o cosmo).

Objetivos da Doutrina Secreta, segundo os seguidores:

1- mostrar que a Natureza não é uma ocorrência fortuita de átomos;

2- conferir ao homem seu verdadeiro lugar no esquema do Universo;

3- resgatar da degradação as verdades arcaicas que são a base de todas as religiões (as verdades são unificadoras das religiões);

4- revelar a Unidade fundamental da qual todas surgiram;

5- mostrar que a ciência nunca se aproximou do lado oculto da Natureza (a ciência trabalha com os fenômenos).