Um exemplo da imaginação humana

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Para os cristãos, com a festa dos Reis Magos encerram-se as comemorações natalinas. A data é celebrada em 6 de janeiro ou a partir da noite do dia 5. Trata-se de figuras que funcionam como metáforas de que toda a humanidade estava prestando uma homenagem ao menino Jesus. De acordo com o relato bíblico, sábios do oriente levaram presentes ao Cristo recém-nascido. O Evangelho de Mateus é o único a relatar a vinda de sábios do Oriente, não fala em reis, nem usa o número três. Sobre esse texto dos evangelhos da infância de Jesus foram acrescentadas inúmeras lendas, uma das quais dizendo que eles teriam vindo da Pérsia, por ser uma cultura versada na astrologia. Começava a tomar forma no imaginário popular a figura dos três viajantes que seguiram o rastro de uma estrela até o encontro do menino Jesus numa manjedoura em Belém. Mais tarde, o teólogo Orígenes (184-253) e o papa São Leão Magno (440-461) propõem chamá-los de reis magos. Apenas no século XVII eles ganham nomes populares: Baltasar, Belquior e Gaspar. Eles levaram ouro, incenso, e mirra para o menino Rei. Os simbolismos são fortes, pois ouro seria um reconhecimento à realeza do menino. Incenso, em alusão à sua divindade. E mirra, um arbusto com propriedades medicinais, simbolizaria a humanidade de Jesus. No século XVI lhes são atribuídas etnias: Belquior (ou Melchior) passa a ser retratado como de raça branca; Gaspar, amarelo; e Baltazar, negro. Passaram a simbolizar o conjunto da humanidade.